Uma alimentação para chamar de sua

Existe uma alimentação ideal?

A resposta de muitas pessoas à esta pergunta é a de que uma alimentação ideal é uma alimentação saudável. De certa forma não está errado, mas será que é apenas isso?

Uma alimentação ideal é aquela que contém mais alimentos frescos. Para conseguir consumir alimentos frescos com uma maior frequência são necessários conhecimento, organização e motivação para as mudanças de hábitos. Alguns conselhos práticos para o dia a dia são substituir sucos de caixinhas por naturais (congelar polpas), trocar bolos de caixinha por caseiros, substituir bebidas açucaradas por água quando estiver com sede.

Uma alimentação para chamar de sua

A nutrição não é uma ciência exata, pois há variáveis biológicas, físicas, químicas, comportamentais, sociais, etc. E por isso é importante ter uma alimentação para chamar de sua, ou seja, aquela que se enquadra no seu estilo de vida e que supre as suas necessidades.

Não existem regras específicas a serem seguidas para atingir um objetivo, tudo deve ser individualizado. E neste processo você é fundamental.

Você precisa atentar-se aos sinais do seu corpo, como fome, sede, ansiedade, nervosismo, tédio, entre outros. Quem nunca comeu por estar entediado ou por estar com sede? Isso já deve ter acontecido com todo mundo, mas o importante é aprender a diferenciar sensações e sentimentos.

O seu corpo dá sinais de fome após algumas horas sem comer, e isto precisa ser respeitado, o que é diferente de comer por causa de sentimentos.

Sua alimentação deve conter alimentos que suprem as suas necessidades, que são únicas. Pense nos seguintes casos:

-> Uma jovem de 27 anos, que pratica corrida de rua uma vez por semana, treina na academia duas vezes por semana durante 1h30, trabalha 40h semanais.

-> Homem, 35 anos, trabalha na contabilidade da empresa, não pratica atividades físicas.

-> Mulher, 30 anos, mãe de dois filhos, trabalha como enfermeira em dois hospitais e faz 30 minutos de caminhada três vezes por semana, cursa pós graduação duas vezes por semana.

Consigo suprir as necessidades destas pessoas com a rotina totalmente diferente e com outras características individuais únicas? A resposta é não.

Além da rotina, o estado nutricional influencia em suas necessidades individuais, bem como aspectos do metabolismo, estresse, ansiedade, etc.

Os objetivos também devem ser tratados individualmente, visto que nem todos querem  ou precisam emagrecer, ou hipertrofiar, ou controlar uma ansiedade, ao mesmo tempo que nem todos precisam emagrecer ou ganhar peso.

As interações sociais também são grandes influenciáveis, por exemplo, um almoço na casa da vó, um passeio com os amigos, um happy hour com o pessoal do trabalho. Já pensou em não participar de mais nada disso por querer uma alimentação super regrada? Tem gente que se priva desta forma, e muitos acabam tendo episódios de compulsão alimentar, e isto não é saudável. Sair da rotina também é saudável, quando feito com consciência.

Consumir alimentos ou bebidas que você goste também é permitido dentro de uma alimentação saudável, desde que haja moderação atrelado à um comer consciente para cada pedacinho ser aproveitado.

Mas tem alguma base simples e prática para que eu possa seguir no dia a dia? Sim, há uma recomendação muito bacana do Guia Alimentar para a População Brasileira. Leia abaixo:

Uma base para a alimentação saudável

O Guia Alimentar para a População Brasileira recomenda a preferência pelo consumo de alimentos in natura ou minimamente processados, e preparações culinárias a alimentos ultraprocessados.

Mas, o que isso significa? Primeiramente, podemos pensar em uma escala que se inicia nos alimentos in natura e termina nos ultraprocessados. Quanto mais processado for, menos alimentos de verdade há na composição.

Os alimentos de verdade são os conhecidos como naturais, portanto nesta categoria estão os alimentos in natura e os minimamente processados, os quais devem estar mais presentes na nossa alimentação. Este grupo de alimentos é composto por frutas, legumes, grãos, carnes, ovos e leite), e passaram por poucos ou nenhum processo industrial, como limpeza, moagem e pasteurização, mas não receberam substâncias químicas.

Já alimentos industrializados são os processados e os ultraprocessados, que devem estar presentes na nossa alimentação em menos quantidade, por conterem um teor maior de sódio, açúcar e outros ingredientes artificiais. Os alimentos industrializados são classificados em processados e ultraprocessados.

 Os alimentos processados passam por etapas industriais e podem receber aditivos químicos como conservantes, aromatizantes e corantes, como legumes em conserva, compotas, queijos, pães, atum em lata, entre outros.

Já os alimentos ultraprocessados tem uma quantidade mínima de alimentos de verdade, ou simplesmente não possuem, visto que em sua composição contém muitos ingredientes artificiais, como é o caso dos refrigerantes, sopas industrializadas, macarrão instantâneo, salsicha, embutidos, biscoitos recheados, misturas para bolo, molhos para salada, etc.

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