A fome hedônica é a vontade de consumir alimentos palatáveis não por necessidade física, mas por prazer. Esse comportamento está ligado ao sistema de recompensa do cérebro, especificamente através do hipotálamo. Quando comemos alimentos ricos em carboidratos e gorduras, a dopamina é liberada, proporcionando sensações de prazer, relaxamento e conforto. No entanto, em pessoas com excesso de peso, essa resposta de dopamina é reduzida, resultando em uma busca constante por mais alimentos palatáveis para atingir o mesmo nível de satisfação.
Um exemplo clássico de fome hedônica é a pessoa que diz: “Tira tudo, menos minha pizza.”
O que Fazer?
Para lidar com a fome hedônica, é importante adotar algumas estratégias:
- Reduzir a Inflamação: A inflamação crônica, comum em pessoas com excesso de tecido adiposo e endotoxemia devido à microbiota intestinal alterada, pode diminuir a produção de dopamina. Ao reduzir a inflamação, é possível diminuir o consumo de alimentos palatáveis.
- Modular a Microbiota: O lipopolissacarídeo (LPS) de bactérias intestinais pode interferir nos receptores de dopamina tipo 3, contribuindo para a depressão e ganho de peso. Melhorar a saúde intestinal pode ajudar a regular esse processo.
- Reduzir o Consumo de Frutose de Industrializados: Alimentos industrializados ricos em frutose podem exacerbar a fome hedônica e devem ser limitados.
- Manter a Ingestão de Carboidratos: Evitar a remoção excessiva de carboidratos da dieta para não prejudicar a liberação de dopamina.
- Ingestão Adequada de Proteínas: Proteínas são essenciais para a saciedade e para a manutenção de um metabolismo saudável.
- Estimular o GLP-1: Consumir gordura de forma moderada pode ajudar na sensação de saciedade através da estimulação do hormônio GLP-1.
Adotar essas práticas pode ajudar a controlar a fome hedônica e promover uma relação mais saudável com a comida.
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